26.04.2021 | ABIFER | Notícias do Mercado
Revista Ferroviária - 26/04/2021
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, defendeu o projeto da Ferrogrão em live promovida pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), na última sexta-feira (dia 23/04). “Se não fizesse sentido já teríamos abandonado. Se estamos levando à frente é porque a iniciativa privada está nos ajudando, dando esse feedback”.
Freitas também comentou sobre as resistências de ambientalistas e comunidades indígenas ao projeto. “O meio ambiente é uma cortina de fumaça. A grande questão da Ferrogrão é que ela será a maior reguladora de tarifas do Brasil. Aqueles que vão competir com a Ferrogrão não querem a Ferrogrão”.
Segundo o ministro, o discurso ambiental contra a ferrovia está sendo utilizado em prol de outros interesses. “Como uma ferrovia não é um negócio sustentável? O cara que faz transporte ferroviário cobrando preço de frete rodoviário não quer que a ferrovia saia do papel. O jogo é muito claro: patrocino uma ONG, coloco indígena debaixo do braço, vou na redação do jornal para dizer que a ferrovia é ruim ou contrato um consultor para dizer que a ferrovia não faz sentido. É esse o jogo”.
O ministro afirmou ainda que inocentes úteis estão sendo usados para barrar a Ferrogrão. “O projeto vai ser transformador para a logística e vai deixar nosso produtor o mais eficiente do mundo”, ressaltando em seguida. Freitas disse também que a ferrovia vai utilizar 0,054% de espaço do Parque Nacional de Jamanxim, no Pará, ou seja, 466 hectares de 862 mil hectares, para deixar um traçado mais eficiente (com grandes raios de curvatura e trechos mais longos em tangente).
“Isso para construir uma ferrovia verde, que vai tirar 1 milhão de toneladas de CO2 da atmosfera, vai diminuir o número de acidentes etc. O balanço ambiental é extremamente positivo sob todos os aspectos. A Ferrogrão é um grande negócio e vai acontecer porque o Brasil precisa dela”, vaticinou.
Veja aqui a live do Sinduscon-PA que contou com a participação de Tarcísio de Freitas.
