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Ferrovia interna do porto de Santos passa a ser gerida por empresas

05.10.2023 | | Notícias do Mercado

Fonte: Folha S. Paulo
Data: 04/10/2023

A ferrovia interna existente no porto de Santos, com 100 quilômetros de trilhos, agora é administrada por uma empresa formada pelas concessionárias Rumo, MRS e VLI, que operam no local.

A gestão teve início no último domingo (1), quase um ano após a assinatura do contrato com o governo federal, e a FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos) substituirá a Portofer, até então administradora das vias existentes no principal porto do país.

Com 15,5 quilômetros quadrados, o porto de Santos recebe cerca de 30% das exportações brasileiras e tem 55 terminais em duas margens, em Santos (direita) e em Guarujá (esquerda).

Desse total, 30% chegam ao porto por meio de seis ferrovias, todas operadas pelas três concessionárias: malhas Paulista, Norte, Oeste e Central (Rumo), Corredor Centro-Sudeste (VLI) e Santos-Jundiaí (MRS).

A Fips terá concessão por 35 anos —que poderá ser renovada por igual período— para gestão, operação, manutenção e expansão da ferrovia dentro do porto. Para isso, terá de investir pelo menos R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para ampliar a capacidade ferroviária local.

Entre as principais obras previstas estão um pátio ferroviário entre o canal 4 e a Ponta da Praia, com três vias férreas para atender terminais de celulose, viadutos para eliminar passagem de nível na região do canal 4-Marinha, passarela de pedestres entre o canal 4 e Ponta da Praia, outros dois viadutos e uma adequação viária.

Nesta terça-feira (3), uma cerimônia envolvendo a APS (Autoridade Portuária de Santos) e dirigentes da Fips marcou o início do prazo de contrato da nova cessionária. A capacidade ferroviária do complexo portuário de Santos está próxima da saturação, com 94% de uso, e a expectativa é que ela dobre num prazo de cinco a dez anos.

A capacidade ferroviária do complexo é de 51 milhões de toneladas por ano e precisa alcançar 115 milhões de toneladas/ano para escoar o volume proveniente das ferrovias que levam cargas até o porto.

O contrato prevê gestão cooperativa entre as empresas, pelo qual compartilharão custos e sem finalidade lucrativa. A cada dois anos, serão feitos chamamentos públicos para eventuais ingressos de novos associados, de acordo com a APS.

Os projetos da Fips terão de ser aprovados pela Autoridade Portuária de Santos.