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Ferrovia que corta região vai abastecer porto seco de R$ 176 milhões no MS

19.05.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: Folha da Região
Data: 14/05/2022

A ferrovia Malha Oeste, que corta a zona rural de Araçatuba e passa no centro urbano de várias cidades da região, vai ser um dos braços importantes para abastecer um porto seco que será instalado na cidade de Corumbá (MS). O investimento é superior a R$ 176 milhões.

A ferrovia, que vai de Mairinque (SP) a Dourados (MS), está sendo utilizada parcialmente depois de ficar parada por mais de quatro anos. A privatização da Malha Oeste aconteceu na década de 1990, mas sem fiscalização não houve os investimentos necessários. Primeiro veio a Ferrovia Novoeste S.A., em julho de 1996. Em julho de 2008, a Novoeste passou a ser controlada pela América Latina Logística (ALL). Em 2015, houve processo de fusão com a Rumo Logística, que abandonou o negócio.

Segundo reportagem do jornal Correio do Estado, o maior porto seco de Mato Grosso do Sul será gerido pelos próximos 25 anos pela empresa Armazéns Gerais Alfandegados de Mato Grosso do Sul (Agesa), que venceu a licitação. A empresa foi a primeira a assumir a unidade, 30 anos atrás.

A previsão de investimento consta em relatório da Receita Federal, que integrou documentação apresentado para as empresas interessadas em participar do processo licitatório.

O valor milionário consta como sendo necessário para operar o local em caráter inicial. No mesmo documento está especificado que outras parcelas de investimentos serão necessárias. A estimativa é de que R$ 1 bilhão por ano em carga acaba circulando com a importação e a exportação em Corumbá.

Do décimo primeiro ano ao décimo quinto de concessão, outros R$ 19.613.500,92 deverão ser empenhados na estrutura do porto seco. Uma outra injeção de valores está prevista para acontecer entre o décimo sexto ano ao vigésimo quinto, que corresponde a R$ 26.030.579,18. No total, R$ 222.507.913,63 estão envolvidos em melhorias para o funcionamento.

A maioria desses investimentos previstos está direcionada para obras de estruturação do porto, que deverá ser triplicado de tamanho em área para atender melhor o modal ferroviário.

Essa proposta está alinhada a uma política que vem sendo debatida com mais empenho por empresários e instâncias públicas da Argentina, do Chile, da Bolívia e do Brasil, principalmente desde 2021.

Essas tratativas envolvem a efetivação da rota bioceânica ferroviária, usando os trilhos da Bolívia, da Argentina e do Chile, em uma conexão do Brasil com o mercado asiático, a partir do Oceano Pacífico.

Do lado brasileiro, a ferrovia, com a Malha Oeste que passa por Corumbá, ainda depende de avanço em termos de licitação. A total efetivação desse modal tem previsão de investimento de R$ 14,9 bilhões ao longo de 15 anos, conforme estudo da Empresa Brasileira de Logística (EPL).

RELICITAÇÃO

A revitalização da Malha Oeste deverá ter um custo de R$ 14,9 bilhões, distribuídos ao longo de 15 anos. A estimativa é de um estudo da Empresa Brasileira de Logística que foi entregue à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Estado do Mato Grosso do Sul.

Atualmente, alguns comboios têm passado pela via, principalmente transportando minério de ferro. No mês passado, um trem atropelou um carro na região comercial de Andradina, ferindo duas pessoas.