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Operadoras brasileiras de passageiros enfrentam prejuízo de US $ 1,3 bilhão em 2020

06.11.2020 | | Notícias do Mercado

A Associação Nacional dos Operadores de Trilhos de Passageiros (ANPTrilhos) afirma que as operadoras de metrô, urbano e leve de todo o país esperam um prejuízo total de R $ 7,4 bilhões (US $ 1,3 bilhão) até o final do ano, com o número de passageiros caindo 30% em comparação com 2020.

 

SHUTTERSTOCK / Alf Ribeiro

A situação começa a melhorar ligeiramente, com o número de passageiros a recuperar 27% no terceiro trimestre face ao segundo trimestre, que registou uma diminuição de 84% face ao período homólogo. No entanto, o número de passageiros no terceiro trimestre ainda caiu 54% ano-a-ano.

Essa recuperação tem sido retardada pelo fato de 70% dos deslocamentos costumam ser levados a trabalho, com alto índice de desemprego e aumento de empresas fechando ou trabalhando remotamente afetando o número de passageiros, afirma o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores.

Entre janeiro e setembro, as operadoras transportaram cerca de 1,1 bilhão de passageiros a menos, uma redução de 47% em relação ao ano anterior.

A ANPTrilhos diz que o impacto na receita é particularmente preocupante, com as operadoras experimentando uma queda de receita de R $ 6,1 bilhões entre março e setembro. O déficit deve crescer para R $ 7,4 bilhões até o final de dezembro, representando 45% da receita anual de passagens.

Diante disso, a ANPTrilhos está convocando o atendimento emergencial para o setor. A associação está trabalhando com o governo para desenvolver um projeto de lei para fornecer ajuda às empresas de transporte público, incluindo operadoras de metrô, trem urbano e ônibus. A legislação foi aprovada pela Câmara, mas atualmente está travada no Senado.

O risco é que “o remédio chegue depois que o paciente falecer”, diz Flores.

Flores diz que a medida não visa ajudar empresas ou reequilibrar contratos, mas simplesmente fornecer os recursos necessários para manter os serviços. Ele destaca que as empresas assumiram custos adicionais para impedir a disseminação da Covid-19 enquanto cortam custos em outras áreas, o que permitiu a continuidade da operação, mas acrescenta que isso não é sustentável no longo prazo.

 

Fonte: International Raiway Journal

Data: 03/11/2020