Av. Paulista, 1313 - 9º Andar - Conjunto 912 (11) 3289-1667 [email protected]
pt-bren

Performance da indústria

10.11.2020 | | Notícias do Mercado

”Especialistas apontam que a tendência é de expansão da indústria. No entanto, ela se sustentará por um período maior se houver aumento da oferta de empregos”

 

Com o surgimento da segunda onda da pandemia do novo coronavírus na Europa — governos voltaram a decretar lockdown, como o da Inglaterra —, ganham corpo as projeções econômicas pessimistas, inclusive no Brasil, caso haja recrudescimento da enfermidade abaixo da linha do Equador e as atividades não essenciais tiverem de ser interrompidas novamente. A boa notícia, porém, vem da indústria brasileira, que apresentou crescimento pela quinta vez consecutiva, o que cria a expectativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) não leve tombo tão grande quanto o projetado pela maioria dos economistas.

Inquestionável que a suspensão das medidas restritivas das atividades econômicas contribuiu para o desempenho do setor produtivo. Mesmo com o fim da quarentena e da flexibilização do isolamento social, a indústria recuou 7,2% em 2020 e a expectativa é de que esse saldo negativo seja revertido nos próximos meses, se uma nova onda da pandemia não atingir o país. Mais um motivo para que a população siga, rigorosamente, as práticas defendidas pelos sanitaristas para barrar a expansão do vírus, como distanciamento social, fim das aglomerações e não deixar de lado práticas de higiene pessoal recomendadas.

A indústria automobilística é a grande vedete dessa nova arrancada da produção em setembro, mês que registrou avanço generalizado em praticamente todas as áreas. Apresentou alta de 14,1%, mas mesmo assim ainda está 12,8 abaixo da performance de fevereiro, mês que antecedeu a pandemia. Outros setores que tiveram crescimento significativo foram máquinas e equipamentos ((12,6%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (16,5%) e de couro, calçados e artigos para viagens (17,1%).

Especialistas apontam que a tendência é de expansão da indústria. No entanto, ela se sustentará por um período maior se houver aumento da oferta de empregos. Somente com a recolocação dos milhões de desempregados no mercado de trabalho — o desemprego chegou ao recorde de 14,4% — a roda da economia voltará a girar de forma satisfatória. Para isso, Executivo e Legislativo precisam dar encaminhamento às reformas estruturantes, como a administrativa e tributária, atualmente no Congresso Nacional.

 

Fonte: Correio Braziliense

Data: 09/11/2020