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Secretário diz que escolher BRT é regredir e defende plebiscito

02.02.2021 | | Notícias do Mercado

Luís Cláudio afirmou que decisão deve ser tomada pelos usuários do transporte coletivo

 

O secretário de Governo de Cuiabá, Luís Cláudio, saiu em defesa da conclusão da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e afirmou que a decisão de se abandonar o projeto bilionário e implantar o ônibus de trânsito rápido (BRT) em seu lugar deveria ser tomada pelos usuários do transporte público.

Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, o secretário afirmou que o que incomoda a Prefeitura quanto à decisão do governador Mauro Mendes (DEM) em alterar o modal é a forma como foi anunciada a mudança do modal, sem levar em conta a opinião do Município.

“O que incomoda qualquer gestor público são decisões de cima para baixo, decisões onde o usuário do sistema não é ouvido, onde o Município onde vai passar o sistema e vai acabar gerindo [o modal], não é ouvido”, criticou.

Luís Cláudio rebateu o estudo técnico apresentado pelo Governo do Estado que aponta tarifa mais barata do BRT para o usuário, afirmou que a vida útil dos ônibus é de 10 anos contra 30 anos dos trens do VLT, e disse que o estudo do Palácio Paiaguás é exclusivamente financeiro.

 

Por que não faz um plebiscito? Chama a população para decidir depois de apresentar os dois estudos. Mas estudos verdadeiros, não colocar que um vai custar mais que o outro

Segundo o secretário, o VLT é um modal pensado para a “Cuiabá do futuro” e a comissão montada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deve mostrar à população a real viabilidade de implantação do modal escolhido para a Copa do Mundo.

“Vamos regredir o modal, colocar ônibus para rodar nas pistas? Não entendemos isso. Emanuel abriu essa comissão, vamos trabalhar esses estudos técnicos, chamar especialistas de todo o Brasil para que a gente mostre o diagnóstico: é possível terminar o VLT? É possível”, disse.

“É possível a tarifa ser mais barata? É possível. O subsídio vai continuar? Vai continuar. Porque na hora de usar o transporte coletivo, quem paga o subsídio é a Prefeitura”, completou.

O secretário de Emanuel ainda defendeu que, concluído o trabalho da comissão do Palácio Alencastro, os dois estudos sejam colocados na mesa e apresentados para a população em audiências públicas, deixando nas mãos do usuário a decisão.

“Por que não faz um plebiscito? Chama a população para decidir depois de apresentar os dois estudos. Mas estudos verdadeiros, não colocar que um vai custar mais que o outro. Queremos transparência”, afirmou.

 

Eu lamento a afirmativa do governador, mas essa comissão é para o povo de Cuiabá. A comissão não é para o prefeito Emanuel Pinheiro ou para o Palácio Alencastro

 

“Queremos que a população tenha conhecimento dos dois modais e seja consultada. O poder emana do povo. O poder não emana da cadeira de governador nem de prefeito”, concluiu.

 

Resposta a Mendes

Luís Cláudio ainda disse “lamentar” a fala do governador Mauro Mendes, que em evento na Arena Pantanal nessa terça-feira (26), disse que Emanuel estava invertendo a lógica das coisas ao montar “uma comissão dele com ele mesmo”.

“Eu lamento a afirmativa do governador, mas essa comissão é para o povo de Cuiabá. A comissão não é para o prefeito Emanuel Pinheiro ou para o Palácio Alencastro”, disse.

“A comissão é para mostrar a realidade dos dois modais, o verdadeiro custo de cada um deles, quanto ele vai pagar e o que isso representa na vida dele. Agora, eu lamento a afirmativa do governador, mas essa comissão é para o povo de Cuiabá”, rebateu.

 

Fonte: Mídia News

Data: 30/01/2021