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Sistema de telemetria otimiza uso de máquinas em portos e terminais

13.12.2021 | | Notícias do Mercado

Fonte: Painel Logístico
Data: 10/12/2021

Com o objetivo de otimizar o uso de máquinas em suas movimentações de cargas em portos e terminais, a VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – implantou um sistema de telemetria. Por meio dessa tecnologia, testada inicialmente no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), localizado em Santos, é possível ter um acompanhamento real do uso das máquinas, que agora contam com equipamentos de GPS. No primeiro ano da telemetria, a meta era a redução de custo em R$ 1 milhão. No entanto, a economia chegou a R$ 1,93 milhão, isto é, quase o dobro do previsto em apenas 12 meses.

De acordo com o especialista em Transformação Digital da VLI, Luciano Gonçalves Pereira, além dos ganhos financeiros, houve também um aumento na produtividade por máquina. “Foi feita uma comparação do custo da máquina por tonelada, no Tiplam, entre 2019 e 2020. Houve um aumento de 52% na produtividade por máquina. Reduzimos máquinas, saímos de 14,48 para 12,12 por mês e, mesmo assim, aumentou o volume de carga movimentada”.

Ele destaca que, entre resultados da telemetria também está o ganho administrativo, pois há mais facilidade na apuração dos números e, por consequência, para pagar o fornecedor, que tem acesso aos relatórios gerados pela tecnologia. “Temos otimização do trabalho, um controle mais fiel do uso das máquinas, bem como um ganho voltado para o meio ambiente. Afinal, menos máquinas ligadas representam uma economia de combustível, que contribui com a sustentabilidade de nossas operações”, pontua Luciano Pereira.

Expansão

Aos poucos o sistema, que entrou operação no final do segundo semestre de 2019, passou a fazer parte do cotidiano de outras unidades da VLI. O analista de Inteligência Comercial da companhia, Hermann Alves Carneiro Denecke, explica que a expansão ocorreu tanto para outros portos, quanto para os terminais. “Entre março e abril deste ano começamos a instalação em portos e terminais. Hoje temos oito localidades que usam a telemetria e, desde o fim de novembro, um teste está sendo feito no Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), em Barra dos Coqueiros, no Sergipe. Com isso, todos os portos terão o sistema de telemetria”.

No Terminal Portuário de São Luís (TPSL), no Maranhão, a tecnologia chegou em março deste ano. Segundo o analista operacional do TPSL, Caio Leite, lá há uma franquia de utilização das máquinas por 1.200 horas/mês. “Com a telemetria conseguimos acompanhar de perto quando estamos próximos de ultrapassar o limite franquia. Assim, com o engajamento da equipe, uso consciente do sistema e aproveitamento das informações on-line, conseguimos nos programar para que isso não ocorra”, ressalta.

Diante de todos os ganhos e dados positivos gerados para a movimentação de carga, Hermann Denecke explica que a telemetria passou a ser utilizada também em equipamentos de limpeza industrial da VLI e em caminhões do Terminal de Produtos Diversos (TPD), no Espírito Santo. Há ainda a implantação do sistema nas plataformas de trabalho em altura (PTAs), que fazem parte do maquinário para manutenção de portos e terminais.