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Sistema que diminui espera no Metrô de SP será instalado até julho de 2021

25.09.2020 | | Notícias do Mercado

O Metrô de São Paulo pretende concluir a modernização do sistema de sinalização e controle em todas as linhas até julho do ano que vem. O CBTC vai permitir a redução do intervalo entre os trens e a maior oferta de lugares. Já as portas nas plataformas devem chegar a todas as estações até 2023.

 

Mulheres usam máscaras no metrô de São Paulo. (Foto: João Alvarez/Fotoarena/Agência O Globo)

O Metrô de São Paulo foi eleito, em 2019, o melhor transporte e o melhor serviço público da cidade, ao lado do Poupatempo, numa pesquisa do Datafolha.

De acordo com um levantamento da Rede Nossa São Paulo, o Metrô também é a instituição na qual os paulistanos mais confiam.

Apesar disso, não é incomum que os passageiros passem por momentos de irritação.

Às 11h30 de uma sexta-feira de setembro, uma falha num equipamento de controle de trens, na Linha 1-Azul, causou um enorme transtorno. A professora Nathalie Claro presenciou:

“Estava tão lotado que as pessoas estavam em cima do meu filho. Tinha gente em cima do meu filho, que estava no meu colo. Estava insustentável a situação.”

O engenheiro Peter Alouche, que trabalhou durante 40 anos no Metrô de São Paulo, afirma que interrupções são comuns em sistemas de todo o mundo.

A diferença é que redes como a de Paris possuem mais interligações, e assim o passageiro consegue mudar de linha e desviar de eventuais ocorrências.

Ainda assim, o especialista considera que é possível minimizar as interrupções no sistema, por exemplo, com a instalação de portas automáticas nas plataformas:

“Não tem cachorro que entra na via, não tem objeto jogado, não tem suicídio. Então essas portas nas plataformas são vitais.”

Nas três linhas operadas diretamente pelo Metrô, só cinco estações possuem portas automáticas. A meta é instalar os equipamentos em todas as paradas até 2023.

Outro objetivo do Metrô é diminuir o intervalo entre os trens com a implantação do CBTC, um moderno sistema de sinalização e controle, em todas as linhas.

Em 2019, o tempo médio de espera no sistema foi de 2 minutos e 12 segundos. Na Linha 4-Amarela, onde o CBTC já funciona, o intervalo médio, nos horários de pico, foi de 1 minuto e 50.

O engenheiro Peter Alouche diz que será possível baixar ainda mais esse tempo nas demais linhas, mas avalia que a implantação, prevista inicialmente para 2016, está demorando muito:

“Em vez de ser dois minutos, o usuário fica 90, 80 segundos esperando. Ele começou na Linha 4, foi nota 1 milhão. Depois, foi na Linha 5, sem problemas. No meu entender, está demorando um pouco acima do que precisava, talvez por tomar cuidado para não interferir a implantação do CBTC com o sistema já em operação.”

Em março, o Metrô terminou de implantar o CBTC na Linha 2-Verde. Na Linha 1-Azul, a tecnologia deve estar disponível até dezembro, e na Linha 3-Vermelha, até julho do ano que vem.

 

Fonte: CBN

Data: 24/09/2020