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Tarcísio confirma publicação do edital do Trem até junho

06.03.2023 | | Notícias do Mercado

Fonte: Correio Popular
Data: 02/03/2023

Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou que até junho próximo será lançada a licitação pública para a implantação do Trem Intercidades (TIC), ligando Campinas a São Paulo. A obra faz parte de um pacote de 15 projetos que serão desenvolvidos através de Parcerias Público-Privadas (PPPs), através dos quais o governo espera gerar investimentos de R$ 180,17 bilhões em todo o Estado.

O TIC é uma promessa que existe há vários anos, sem nunca ter saído do papel. Agora, Tarcísio espera que o leilão defina a melhor proposta até novembro e o contrato com a vencedora seja assinado 30 dias depois. O Trem Intercidades é um dos projetos da área de transporte que beneficiará a região de Campinas, além do leilão de concessão da Renovias, que fará parte de um lote de 1,8 mil quilômetros de estradas. Na área de infraestrutura, um terceiro projeto que afetará cidades da região é a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Ao participar na quarta-feira (1º) do início de construção de uma empresa em Paulínia, o governador explicou que uma parte do investimento do TIC será feita pelo governo paulista para garantir que a tarifa cobrada terá “valor equilibrado”. Porém, ele não detalhou de quanto será essa participação. “A gente está trabalhando na modelagem. Em breve, a gente vai divulgar isso. Obviamente, se trata de uma Parceria Público-Privada, ou seja, não é aquele negócio que ficaria de pé só com investimento privado. O Estado vai aportar recursos e esse aporte é também para tornar a tarifa algo que seja socialmente aceito, socialmente possível”, justificou.

Desde o início da discussão do TIC, o governo justificou que um investimento exclusivamente privado poderia inviabilizar a obra, uma vez que a empresa vencedora seria remunerada apenas pelo valor da passagem, que poderia ser muito alto. A previsão é que sejam transportados 60 mil passageiros por dia, com o valor atualizado do investimento sendo de R$ 12,7 bilhões.

O TIC terá três modalidades de serviço: um trem expresso ligando São Paulo, Jundiaí e Campinas, que fará o percurso de 100 quilômetros em 60 minutos. Uma segunda opção seria uma composição intermetropolitana com paradas em algumas estações. A terceira opção é o trem chamado parador que contemplará as estações de Valinhos, Vinhedo, Louveira, Franco da Rocha, Várzea Paulista e Francisco Morato, onde será interligada à linha 7 Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) até São Paulo. O trajeto será feito em cerca de duas horas. Uma dessas linhas poderá ser estendida até Americana.

Outros projetos 

O pacote de investimentos através de PPPs anunciado pelo governo estadual também atingirá serviços em outras cidades da região.

O governador autorizou a contratação de estudos para avaliar a viabilidade econômico-financeira de privatização da Sabesp. Atualmente, a estatal atende cidades como Hortolândia, Paulínia, Itatiba e Paulínia. O governo paulista também anunciou a realização de leilão para repassar para a iniciativa privada 1,8 mil quilômetros de estradas, o que inclui as atuais concessões da Renovias e ViaOeste.

TAV 

Ao também participar do evento em Paulínia, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu a ligação de trem entre Campinas e Rio de Janeiro. No último dia 22, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o pedido de construção e exploração da linha de Trem-Bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, mas excluiu Campinas do projeto. A justificativa é a redução de custos, o que provocou reações de políticos e empresários da região, que defendem a inclusão do município nessa obra, que é discutida há várias anos.

Para Alckmin, que já foi governador de Sâo Paulo, Campinas deve ser integrada a esse projeto, mas defendeu uma alternativa. “Eu acho mais viável, no curto prazo, o trem de média velocidade, que ligaria Campinas, o Aeroporto de Viracopos, a São Paulo. Não precisa ser trem-bala”, disse. O vice-presidente disse que essa opção pode ser mais factível porque o governo federal pode ceder a área lindeira ao trem de carga, evitando o custo de instalação de uma nova linha férrea. “Se a CPTM comprar trem, já imediatamente colocar o trem de passageiro, o trem pode operar na própria linha do trem de carga”, justifica.

De acordo com ele, caso haja interesse em implantar uma nova malha ferroviária, ela poderá ser construída ao lado da linha existente. “Não precisaria, então, de desapropriação. O governo federal cederia essa área. É isso que viabilizaria o projeto, porque é muito cara desapropriação em região metropolitana”, disse. Para o ministro, a implantação do trem-bala CampinasSão Paulo exigiria muita desapropriação por exigir uma linha praticamente reta, no máximo com curvas muito leves.