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VLT de São Paulo: propostas têm prazo até 8 de março

29.02.2024 | | Notícias do Mercado

Fonte: Mobiliza Brasil
Data: 26/02/2024

Segue aberto até 8 de março o chamamento público da Prefeitura de São Paulo para propostas de consultorias interessadas em desenvolver projetos para a implantação de uma rede de Veículos Leves sobre Trilhos na região central da capital paulista. O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) foi publicado no dia 7 de fevereiro no Diário Oficial do Município e posteriormente divulgado no site da Prefeitura.

Após a aceitação das propostas, em até três meses (prorrogáveis), a gestão municipal receberá os estudos das consultorias, com subsídios operacionais, econômico-financeiros, jurídicos e afins à proposta. Essa etapa terá investimento de R$ 3,6 milhões, com a exigência de que sigam diretrizes e características do projeto básico, como integração ao sistema do bilhete único de transportes da cidade e tarifa igual à dos ônibus paulistanos.

Lançado em ano eleitoral, e por isso recebido com certa desconfiança pela sociedade, o edital baseia-se em pesquisas consistentes, realizadas pela CET-SP, SPTrans, Metrô e CPTM, com dados sobre origem e destino das viagens, índices de acidentes, potencial construtivo e econômico das áreas abrangidas.

Seriam apenas nove VLTs, mas as composições devem ter capacidade mínima para 447 pessoas por viagem, com durações previstas de 45 minutos, à velocidade média de 18 km/h. O objetivo apontado nos documentos do PMI é o de que as duas linhas – azul e vermelha – articulem um sistema de anéis de transporte no Centro da cidade, permitindo que as pessoas tenham acesso às redes de transporte mais amplas, como o metrô, trens urbanos e ônibus. Assim, a região central ficaria livre do trânsito de ônibus.

Nos estudos preliminares, a linha azul atenderia à região entre República e Sé, com 6,45 km. A linha vermelha circularia nas ruas de Santa Ifigênia e Bom Retiro e ficaria com 6,26 km. 

A proposta também prevê a implantação de um centro integrado de operações, mais garagens e oficinas, na parte baixa do bairro do Bom Retiro, já às margens do rio Tamanduateí, nas proximidades de sua foz no rio Tietê. Essa área, hoje ocupada por instalações da própria Prefeitura, abrigaria um espaço multiuso de 27 mil m², com comércio voltado à rua, equipamentos públicos e até 2 mil apartamentos.

Os estudos iniciais envolvem projeções de demanda para o novo sistema de transportes, mas também avaliam o potencial de transformação que o projeto poderia trazer para toda essa região histórica da cidade de São Paulo, hoje bastante degradada.Referências para isso não faltam no país, como em Santos (SP), Rio de Janeiro, e em cidades portugueses, como Porto e Lisboa, ou Sevilha e Córdoba, na Espanha, além de inúmeras outras cidades europeias que mantiveram o transporte urbano sobre trilhos ao longo de todo o século 20, com sucessivas modernizações. Sobre esse aspecto, no lançamento festivo, em janeiro passado, chegou-se a falar em um sistema movido a células de hidrogênio para evitar as baterias e toda a parafernália de alimentação elétrica que seria necessária para a a circulação das composições.
A ver…