29.06.2023 | ABIFER | ABIFER News
Toda e qualquer forma de energia renovável, limpa, é muito bem-vinda, para minimizar os efeitos das mudanças climáticas que afetarão o meio ambiente no planeta. Outras medidas, fortemente mitigadoras, precisam também ser tomadas para atingir esta finalidade.
Segundo a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, a matriz elétrica brasileira é 84% renovável, colocando o Brasil numa situação privilegiada no cenário mundial. O País conta com uma matriz energética favorável, sendo considerado um celeiro de inovações tecnológicas nesta área. Desde a tradicional energia elétrica proveniente de hidrelétricas, passando pelas eólica, solar, biomassa e a bateria.
O próximo estágio é chegarmos ao desenvolvimento do hidrogênio verde (emissão zero de gases) e do hidrogênio azul (baixa emissão, da ordem de 1 a 3 kg de CO2/kg de H2 produzido), classificações con
A nova ordem mundial, objetivando limitar o aquecimento de nosso planeta em 1,5 graus celsius até 2050, requer o desenvolvimento de tecnologias disruptivas, onde se encaixa o hidrogênio, que pode ser obtido através da eletrólise da água (hidrogênio verde) ou pelo gás natural (hidrogênio azul).
Fundos internacionais de investimentos e governos de diversos países estão aportando bilhões de dólares para o desenvolvimento do hidrogênio. Ainda assim, o caminho será árduo, face aos ainda elevados custos de produção e às dificuldades para o seu transporte devido à necessidade de liquefazê-lo, exigindo um resfriamento a baixíssima temperatura. O que enseja que ele seja consumido no local de produção.
O Brasil já possui instalações apropriadas para a produção de hidrogênio, como Porto de Pecém (Ceará), de Suape (Pernambuco) e do Açu (Rio de Janeiro), além de uma possível instalação no Porto de Santos (São Paulo). Uma planta de eletrólise já está sendo construída no Nordeste para a produção de amônia verde.
A indústria ferroviária internacional já utiliza o hidrogênio para tração de Trens Regionais na França, de VLT – Veículo Leve sobre Trilhos na Coreia do Sul e de locomotivas de linha nos EUA. Esta tecnologia virá para o Brasil, transferida pelas matrizes das empresas associadas da ABIFER.
Outra tecnologia disruptiva foi desenvolvida por técnicos brasileiros no projeto e fabricação de locomotiva de manobra 100% a bateria, em 2020, ora sendo exportada para os EUA.
Inovação Tecnológica é a palavra de ordem para a estratégica Indústria Ferroviária Brasileira.