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SuperVia adota tecnologia capaz de verificar falhas na rede aérea automaticamente

25.08.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: Diário do Transporte
Data: 24/08/2022

A SuperVia, concessionária responsável pelo sistema de trens urbanos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, adotou neste ano, um novo equipamento responsável por inspecionar as condições da catenária, cabo da rede aérea que fica em contato com os pantógrafos do trem, fazendo a transferência de energia para o veículo se manter em movimento.

O sistema é o PCDS (Pantograph Colision Detection System), que é instalado sobre os trens e fixado aos pantógrafos, sendo constituído por um equipamento similar a um tablet, que fica fixo na parte superior do trem, contendo vários sistemas, como acelerômetros, câmera, geolocalização, módulo de entrada, módulo de processamento e placas solares para garantir o funcionamento ininterrupto.

De acordo com a SuperVia, a importância da ferramenta, desenvolvida na Austrália pela Australian Rail Technology, está em sua capacidade de antecipar e impedir possíveis falhas que poderiam gerar, por exemplo, travamentos de pantógrafos, que causam danos à rede aérea e a paralisação da circulação dos trens.

“Os acelerômetros medem a intensidade do impacto entre pantógrafo e catenária e, com base em parâmetros pré-determinados, envia as informações registradas para um serviço em nuvem que envia os dados já tratados para as equipes de manutenção. Os dados são recebidos já com a localização, grau de severidade e vídeo dos pontos onde ocorreram os impactos mais relevantes. Com base nessas informações, conseguimos agir com mais rapidez nos reparos da rede aérea. Estamos trabalhando muito mais na detecção do problema do que na solução após ele acontecer”, explica Wladmir Amorim, gerente de sistemas elétricos da SuperVia.

Desde junho de 2022, os trens do Rio são os primeiros da América Latina a utilizar o sistema de inspeção, que é muito mais ágil que a feita pelos técnicos da concessionária visualmente, conseguindo vistoriar todos os 240 quilômetros de linha eletrificada em 7 dias, enquanto a inspeção feita pelo trabalho humano levaria cerca de 22 meses para analisar toda a extensão, por depender de diversas ações, como o planejamento de acesso dos funcionários aos trechos e limitações horárias.

Ainda segunda a concessionária, somente nos meses de junho e julho, o equipamento pode ter evitado um gasto de R$ 4,2 milhões para eventuais reparos de cabos e pantógrafos, identificando 57 anormalidades em diversos pontos da rede aérea, sendo 17 deles com nível crítico alto, onde técnicos corrigiram as falhas imediatamente.

“Estamos constantemente em busca de ferramentas que nos ajudem a evitar falhas para melhorar cada vez mais o serviço que prestamos à população. O PCDS é uma tecnologia bem avançada que traz um grande retorno para a SuperVia”, cita Amorim.